O malandro e o ceguinho
Esta
aconteceu bem na Praça Senador José Bento, a praça
principal de Pouso Alegre.
Numa bela tarde do mês de maio de alguns anos atrás, um
ceguinho, de óculos escuros, naturalmente, sentado num
daqueles bancos à sombra de uma frondosa seringueira ,
faturava uns bons trocos com seu velho e surrado chapéu
que ficava bem exposto e visível
a todos que por ali passava.
De repente, aparece um sujeito estranho , meio com cara de
forasteiro, vendo aquele
chapeuzinho já carregado de moedas e notas de 1, 2 e de
até 5 Reais, cheio das más intenções começou a aproximar
do pobre ceguinho. Só que quase ao mesmo tempo, um rapaz
bem aparentado e muito honesto,
percebeu as intencões do elemento. E antes que este se
aproximasse mais do ceguinho, já se adiantou
e foi até ao senhor de óculos escuros para avisá-lo do
que estava prestes a acontecer:
- Meu senhor, dá licença um pouquinho. Olha, eu quero avisar o
senhor, que tem um malandro aqui perto e que está afim
de assaltá-lo. E melhor o senhor ficar bem atento.
E se quizer eu chamo até a polícia..
Por sua vez, o tal ceguinho, na maior calma, e segurando bem firme
sua bengala, vai logo dizendo com um leve sotaque
meio baiano e meio mineiro, ao jovem mancebo:
- " Não liga não... eu já tô de zóio nele faz tempo..."
Autor anônimo
Reedição: Afonso Costa Simões
Maio/2009
www.guiadepousoalegre.com.br
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