contador de acesso grátis Contador de Acessos geral-7/02/2023
   Causos e Casos


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  - A Sabedoria do Bola sete 

  - "Diga não as Drogas"

 - Maria, Joaquim e o Pedrinho

 - O Causo do Burro

 - O Coelho mala

 - O dia que o porco usou chapéu

 - O malandro e o ceguinho

  - Serrote de plantão

  - Um Estranho em Santana

 - Zé Galinha tinha razão
 


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Serrote de plantão
  

   Pedro Bakana, se não me falha a memória, na década de oitenta, morava em Cambuí, uma peculiar cidade situada bem ao
sul de Minas. Não era muito chegado ao trabalho. Vivia de bicos
e de algumas maracutaias.  Conta-se que um dia estacionou á porta de um bar,  com panca de que estava esperando alguém importante. E ali ficou um bom tempo até que se aproximou um
velho conhecido seu. Não deu outra, parou o cara e já foi indo direto ao assunto:
        - Ô meu irmão, eu queria pedir um grande favor. Já faz quase dois meses que estou desempregado e preciso honrar um compromisso de uma compra que fiz numa loja lá em Pouso Alegre. Você pode me emprestar mil Cruzeiros?
        O homem , até que deu uma certa atenção ao Pedro Bakana,
mas como já conhecia sua fama, procurou se esquivar.
        - Chi, se eu tivesse mil Cruzeiros eu casava hoje mesmo.
        Pedro Bakana, então pega mais leve:
        - Quinhentos então...já quebra um galho
        - Nem mil, nem quinhentos, dá na mesma - retruca o homem.
        - Cem então, cenzinho só, por favor...
        - Sem chance, a coisa tá feia cara...
        - Pô, meu irmão, eu entendo. Então me arruma  só dez Cruzeiros, pelo menos já dá prá tomar uma cerveja e será um prazer ter a sua companhia...
        - Ô meu, eu agradeço o convite...mas eu não tenho dez Cruzeiros pra te arrumar.
        - Não tem nem dez Cruzeiros? Ô crise...Tá bom, tá bom, me arruma um Cruzeiro só, já dá prá tomar uma pinga.Amanhã eu te pago...
        O homem já meio irritado tenta se desvencilhar.
        - Não tenho nem cinquenta centavos. Tô zerado. Por favor me dá licença.
        Pedro Bakana, bate o olho no bolso da camisa do "seu amigo", percebe um certo volume e insiste:
        - Tá bom...tudo bem. Não quero te incomodar mais. Me arruma então um cigarro...
        O homem já com o saco cheio, tira do bolso um pequeno frasco do bolso e replica:
         - Eu parei de fumar, cara. Isto aqui é colírio...
         - E o Pedro Bakana, não dando por vencido, inclina a cabeça um pouco pra cima, coloca o dedo indicador debaixo de um olho e pede:
         - Então dá uma pingadinha aqui...

 
                                                          Autor anônimo
                                                                   Reedição: Afonso Costa Simões
                                                                   19/junho/2009

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